Temer dá aval para compra de silêncio de Cunha, segundo jornal O Globo.
No Planalto, renúncia já é vista como a “melhor opção” diante de abertura de inquérito
Auxiliares e assessores de Michel Temer reagiram ainda mais consternados com a notícia de que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou abertura de inquérito contra o presidente. Apesar de os ministros mais próximos ao presidente ainda negarem a hipótese e afirmarem que “é preciso aguardar”, outros auxiliares do governo dizem que nos bastidores já há quem no núcleo duro do governo “não veja saída” se não a renúncia.
Segundo uma fonte do Planalto, após a notícia da abertura de inquérito, um dos ministros confidenciou “é a melhor opção” em relação à renúncia. Entre os interlocutores, há quem defenda, entretanto, que uma “saída mais honrosa” seria a cassação da chapa Dilma/Temer no processo do TSE. Antes do almoço, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, reuniu seus colaboradores e afirmou que “por enquanto” não havia a hipótese de Temer deixar o cargo. O agravamento da situação com o pedido do STF modificou o quadro.
Já os deputados federais ligados ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aguardam que o presidente Michel Temer renuncie ao cargo nas próximas horas por "bom senso".
Segundo parlamentares ouvidos pelo Estado, Temer estaria aguardando apenas a divulgação pela Justiça dos áudios contra ele gravados pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, para bater o martelo sobre a decisão.
Deputados afirmam que a pressão pela renúncia aumentou, após o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar abertura de inquérito contra Temer. Diante disso, acreditam que o presidente renunciará, com um discurso de que o ato será em nome da "salvação do País".
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