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11/07/2019

O Brasil tem um clima muito favorável para voltar a crescer

Em entrevista ao DC, Luiz Carlos Trabuco, presidente do conselho de administração do Bradesco, comenta as expectativas com a economia e as iniciativas do banco para fomentar os negócios das micros e pequenas empresas

O Banco Bradesco está empenhado em atender a demanda dos microempreendedores individuais, os MEIs. Desde o ano passado, a meta é dobrar a carteira de clientes com esse perfil por meio de um combo de serviços que inclui conta corrente sob medida, maquininhas, seguros, cartão, microcrédito, antecipação de recebíveis e serviços.

Também está disponível uma linha de empréstimos pré-aprovados, exclusivas para os microempresários, que somam R$ 20 bilhões.

Para chegar na oferta personalizada, o banco integrou suas áreas de produto, serviços e de varejo. 

No fim de 2018, o Bradesco possuía cerca de 1,5 milhão de clientes MEIs. Na mesma época, o banco mapeou outro 1,5 milhão de pequenos negócios com potencial para se tornarem clientes. Boa parte deles ainda não são bancarizados.

O Brasil possui cerca de 7,3 milhões de MEIs, de acordo com o Sebrae. O dado mostra que há muito campo para o banco abocanhar neste segmento. E não para por aí. A expectativa do Sebrae é que os microempreendedores somem 11,8 milhões em 2022.

De olho nesta oportunidade, o Bradesco assinou um convênio de cooperação técnica com o Sebrae para fomentar as condições de acesso ao crédito para as micro e pequenas empresas. A iniciativa visa prestar orientação financeira e linhas de financiamentos exclusivas – oferta de microcrédito.

De acordo com Luiz Carlos Trabuco, presidente do conselho de administração do Bradesco, as iniciativas fazem parte da estratégia do banco para estimular a economia do país.

"As micros, pequenas e médias empresas são grandes geradoras de emprego e têm grande impacto no PIB", disse Trabuco.

Veja abaixo os principais trechos da entrevista que Trabuco concedeu ao Diário do Comércio.

Neste momento de incerteza econômica, o que o Brasil precisa para voltar a crescer?

Eu acho que a Reforma da Previdência está andando. Vivemos um momento importante de um país que é preferido por investidores. O Brasil tem um clima muito favorável para voltar a crescer.

O calendário de privatizações e concessões também é um estímulo para o investidor. Vivemos um momento de inflexão na economia brasileira.

 

Quais são as expectativas com o projeto da reforma da Previdência em tramitação no Congresso?

Chegamos num momento em que o Brasil tem uma expansão da consciência da necessidade do ajuste fiscal, de ter um Estado equilibrado que possa voltar a investir. Esse é um momento em que podemos dar uma virada e entregar um pais mais equilibrado, com maior taxa de investimento, que é o que vai gerar emprego no país.  

Além da reforma da Previdência e do pacote de concessões, o que mais o Bradesco anseia do governo?

Uma reforma tributária é um anseio de todos os empresários. Os setores produtivos querem uma simplificação do sistema tributário brasileiro. A reforma tributária dará condições para a gente entrar num novo ciclo. Um ciclo de crescimento e otimismo. E, assim, acreditar que com ordem a gente chega ao progresso.

Recentemente, o ministro da economia Paulo Guedes comentou que o Banco Central (BC) poderia reduzir a alíquota de recolhimento de depósitos compulsórios (parcela dos depósitos que os bancos são obrigados a manter em uma conta no Banco Central). A iniciativa pode liberar R$ 100 bilhões e visa ampliar o crédito privado no país. Qual o impacto dessa medida nas atividades do Bradesco e, consequentemente, do comércio?

Liberação do compulsório significa aumento da liquidez, que é a capacidade de transformar um ativo em dinheiro. Dessa forma, aumentar a liquidez significa aumentar a oferta de crédito para atender as demandas dos empresários, que poderão ter mais capacidade para realizar investimentos em seus negócios.

Quais são as expectativas do programa de microcrédito do Bradesco, que atende micro e pequenos empresários?

Nós temos um compromisso com o microempreendedor individual e com a pequena empresa. Aliás, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) liderou o Estatuto da Micro e Pequena Empresa, ainda em 1984, durante a gestão do presidente Guilherme Afif Domingos. Anos antes, em 1979, o Bradesco patrocinou o 1º Congresso Brasileiro da Pequena Empresa.

Atualmente, o Bradesco está empenhado em fomentar os negócios das micros, pequenas e médias empresas, que merecem ser prestigiadas por serem grandes geradoras de emprego.

[O Estatuto da Micro e Pequena Empresa foi o embrião para a criação do Simples Nacional, sistema de tributação simplificado direcionado às micro e pequenas empresas. Atualmente, cerca de 13 milhões de negócios estão listados no Simples Nacional]. 

Como tem sido a relação do Bradesco com a ACSP?

O Bradesco e a ACSP têm uma parceria duradoura. A ACSP tem como tradição representar a livre iniciativa no estado de São Paulo. A entidade é vencedora no seu propósito e nos seus valores. Para nós, estarmos juntos da ACSP é um motivo de orgulho e honra.

 


FONTE: Diario do Comercio

POR: Italo Rufino

IMAGEM: Fábio Motta/Agência Estado