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10/05/2024

Guarujá inclui mudanças climáticas na agenda e já investiu mais de R$ 250 milhões para evitar tragédias

Município, que já sofreu com eventos extremos, aportou recursos na remoção de famílias de áreas de risco e em obras contra enchentes e de recuperação de encostas de morros, por exemplo; Prefeitura ainda criou secretaria especializada.

Após sentir na pele os efeitos dos eventos extremos da natureza, uma realidade cada vez mais comum, Guarujá investiu pesado para remediar e prevenir novos episódios. Apenas em obras de infraestrutura urbana e projetos habitacionais, o Município contabiliza investimentos da ordem de R$ 251,5 milhões desde 2020, quando uma tempestade causou deslizamentos em sete morros da Cidade, deixando um rastro de destruição e causando a perda de 34 vidas. Os recursos incluem verbas estaduais e federais empregadas em projetos municipais.

A mais nova estratégia da Prefeitura é a transformação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente em Secretaria de Meio Ambiente e Segurança Climática (Semam), com uma diretoria exclusiva para fomentar políticas públicas de combate às mudanças do clima, há apenas um mês. É a primeira estrutura administrativa do gênero criada na Baixada Santista.

A medida consolida e expressa uma transformação de mentalidade da Administração Municipal, que passou a compreender a necessidade de investimentos efetivos em pesquisas e tecnologia para evitar novas catástrofes. Um dos primeiros passos para isso foi o reforço do cuidado com a floresta urbana, uma vez que a vegetação natural é uma eficiente barreira contra eventos extremos.

O Município protege e sensibiliza a população sobre a conservação do jundu, que além de servir como abrigo e fonte de alimento para a fauna nativa, ajuda a conter a ressaca do mar e o avanço da areia sobre a cidade. Logo em seguida, em 2021, foi criada a segunda Área de Proteção Ambiental (APA) da Cidade, a da Serra de Santo Amaro. Neste momento, caminha a passos largos a implantação de uma terceira APA, na região Sudoeste – Cabeça do Dragão, o que faria elevar o percentual de proteção do território dos atuais 48% para mais de 60%.

“É um trabalho feito por muitas mãos e que depende da conscientização da população, também. Mas o poder público tem a obrigação de atuar, fomentando e oferecendo ferramentas para o desenvolvimento sustentável, o que atualmente é indispensável”, ressalta o prefeito de Guarujá.

Contenção de encostas, obras de macrodrenagem e remoção de famílias de áreas de risco estão no foco

Os morros Barreira do João Guarda e da Bela Vista foram os mais afetados por deslizamentos na tempestade de março de 2020, que deixou 34 vítimas fatais. Juntos, os dois locais já receberam recursos na ordem de R$ 58,7 milhões para a contenção de encostas e outras intervenções em bairros adjacentes.

As obras de macrodrenagem do Rio Santo Amaro, iniciadas em 2021, também são um marco histórico. O pacote reúne benfeitorias em saneamento básico e consiste na construção de três piscinões controlados por comportas, novos canais, calçadas, guias, sarjetas e outros serviços que, muito em breve, beneficiarão mais de 18 mil pessoas do bairro Santo Antônio. A meta é amenizar um problema crônico de inundações causadas, muitas vezes, apenas pelas condições da maré, além da chuva. Os investimentos somam de R$ 93,9 milhões.

Outra forte política pública é a remoção de famílias em situação de vulnerabilidade social que residem em áreas de risco, como as palafitas. Desde 2017, Guarujá entregou 1.644 apartamentos em conjuntos habitacionais, proporcionando segurança e uma vida mais digna a estas famílias. A meta do Município é totalizar 2.443 contemplados com novas moradias até o final deste ano. Para isso, só do Tesouro Municipal, até o momento, já foram investidos R$ 98,9 milhões.Inteligência

Para o enfrentamento das mudanças climáticas, Guarujá conta, ainda, com o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) para o período de chuvas, além do Plano de Contingência e os equipamentos de monitoramento. Um exemplo são os pluviômetros automáticos, supervisionados em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Vistorias diárias em campo, análises das previsões meteorológicas e palestras nas escolas também fazem parte do trabalho.

Doações para o Rio Grande do Sul

A Prefeitura de Guarujá abriu um centro de doações para as vítimas das chuvas torrenciais que atingem o Rio Grande do Sul. São recebidos alimentos não perecíveis, água mineral e produtos de higiene pessoal, no Fundo Social de Solidariedade, (Rua Cavalheiro Nami Jafet, 549 – Centro. O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas. Até o momento, o estado gaúcho contabiliza mais de cem mortes, centenas de famílias desalojadas, além de casas, pontes e estradas destruídas em áreas urbanas e rurais.

Fonte: Prefeitura de Guarujá

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