• Botão para formulário
  • Botão para acessar Boa Vista SCPC
Botão para acessar Boa Vista SCPC Botão para formulário

Baronesa Esther Santanna de Almeida Karwinsky

Em Guarujá, no ano de 1968, a Baronesa recebeu a missão de ser a representante da Comissão Estadual de Folclore no município.

Nasceu em Brodosqui (SP), em 1919. Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Santos, obteve, com nota máxima, o diploma de conclusão do Curso de Folclore, na Escola do Museu de Folclore de São Paulo, no ano de 1968.

Sua paixão pelo assunto a levou a se especializar em folclore e museus, com diversos cursos de extensão no Brasil e no exterior.

 

Em Guarujá, no ano de 1968, a Baronesa recebeu a missão de ser a representante da Comissão Estadual de Folclore no município. Ficou incumbida de pesquisar o folclore da Ilha de Santo Amaro e litoral.

O trabalho iniciou em março de 1968, contando com voluntários do Instituto de Menores Santa Emília, colocados à disposição da Baronesa, pelo professor Jaime José Silva.

 

Percorreu distantes locais, atalhos e estradas perdidas no interior da ilha. Pesquisou e conheceu jovens e velhos caiçaras, seus usos e costumes. Encontrou e catalogou o artesanato dos locais. Nessas viagens e visitas, contou com o auxílio do Sr. Campos que dirigia um caminhão, usado na pesquisa.

Assim, em agosto de 1968, com a participação de artesãos e apresentação do material recolhido, realizou-se em um salão do Instituto de Menores Santa Emília, a “I Semana de Folclore de Guarujá”. Este evento foi o ponto de partida para a total dedicação da Baronesa ao folclore da Ilha de Santo Amaro.

 

Na oportunidade, a Baronesa recebeu o apoio e a colaboração das seguintes pessoas: Esaú Cobra Ribeiro, Jayme José da Silva, Dra. Lilian Rebelo, dos radialistas Orivaldo Rampazzo e José Ramos, do vereador Alcino Silva, do mestre Rossini Tavares de Lima, do jornalista Antonio Baraçal, da professora Mercedes Cantatori e do dedicado motorista Campos.

 

Após quatro anos de muito trabalho e pesquisas, em 1972, Esther Karwinsky encontrou as condições necessárias para ampliar o tema, criando o “I Festival de Folclore e Artesanato de Guarujá”.
A partir de então, funda também, em 1977, a Associação de Folclore e Artesanato de Guarujá - AFAG, da qual se tornou presidente. O Festival ganhou notoriedade e se tornou tradicional em Guarujá, passando a fazer parte do calendário oficial da cidade, por mais de trinta anos. Além desta instituição, em 1973, com a ajuda do Mestre Zacarias, fundou, em Guarujá, o grupo “Reisado Sergipano Bumba Meu Boi”.

 

Em sua vasta obra bibliográfica, destaca-se o livro “O Caiçara”, de 1993, no qual relata as várias lendas, mitos e tradições que ouviu dos descendentes dos moradores mais antigos da Ilha de Santo Amaro. Estas histórias foram obtidas, principalmente, na Praia do Guaiúba, Perequê, Tombo, Rabo do Dragão e Itapema.

 

Dedicou-se por mais de trinta anos como pesquisadora nacional e internacional à cultura popular e, pela importância de seu trabalho, recebeu em dezembro de 1997, o título de Cidadã de Guarujá.

Faleceu em dezembro de 2003, deixando um legado de conhecimento científico de alta qualidade e importância histórica.

 

Fontes: Blog Mae Sertaneja, Revista Cidade e Cultura, CEDOM Guarujá, AFAG e Enrique Dias (historiador e pesquisador).

Material publicado pelo Centro de Documentação e Memória – CEDOM Guarujá, em suas mídias sociais: Instagram e X (@cedomguaruja); Facebook e YouTube (CEDOM Guarujá). O CEDOM também possui o site: www.cedomguaruja.com.br

Palavras-chave: história, baronesa, folclore